Você me distrai
de mim
dos outros
de nós mesmos
da vida simples
louca
complexa
e normal/cotidiana
dos afazeres
das portas fechadas
das leituras obrigadas
Você me (dis)trai
Contigo
viajo pelas asas dos pássaros
pela pressão da lua
pelo chão
Viajo aberta para ti
não me traio
porque tenho razão
A única aventura para mim
é estar cotidianamente
me distraindo
Por isso volto a ser
contigo
sol
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
domingo, 1 de novembro de 2015
LIBERTÁ
Eu preciso escrever no teu corpo inteiro e nu.
Rasgar tuas roupas só foi o início da decomposição de minhas palavas em tua pele dura.
Quero juntar tua pele e fazer dela papel pardo, depois cortar em pedacinhos, distribuir, "pra todo mundo poder ter um pouco de ti".
O meu desafio é eternizar a escrita, apagada durante tanto tempo na secura dos meus dias planejados.
Agora, novamente sem planos, me vejo envolta a um mundo inteiro.
Estou nadando em nós.
Deve ser isso que me comove, que me empurra pra longe, que me faz ter terra e ao mesmo tempo galáxia.
Essa mania de não querer querendo.
Esse convívio com a instabilidade...
Correr de boca em boca, corpos e vozes
Interromper o trabalho
Desculpabilizar o ócio,
Adiar o compromisso fétido da vida comum
Rasgar os contratos,
Esquecer o calendário
Transar com o chão,
a parede,
o asfalto,
o samba
Tocar os medos dos outros e depois correr feito pipa
Soltar os nós
Desafazer sonhos estúpidos embutidos como verdades nas cabeças alheias
Tilintar desejos
Romper com a moral
Esmagar a sabedoria intelectual dos pedantes
Voltar sozinha
Andar sozinha
Vibrar sozinha e nua,
Desabotoar o vestido daquela menina que me olhou curiosa
Possibilitar a realização dos caos
Embriagar-me de convívio e depois usar
a roupa do outro
o cheiro
o gosto
o breve pulsar
o passado
e não olhar pra frente
Cotidianizar a L I B E R D A D E
Feito borboletas que somos
Encarar nos olhos a vontade de ser
Teu tom
me traz
de volta
a mim
vem por aqui?
Rasgar tuas roupas só foi o início da decomposição de minhas palavas em tua pele dura.
Quero juntar tua pele e fazer dela papel pardo, depois cortar em pedacinhos, distribuir, "pra todo mundo poder ter um pouco de ti".
O meu desafio é eternizar a escrita, apagada durante tanto tempo na secura dos meus dias planejados.
Agora, novamente sem planos, me vejo envolta a um mundo inteiro.
Estou nadando em nós.
Deve ser isso que me comove, que me empurra pra longe, que me faz ter terra e ao mesmo tempo galáxia.
Essa mania de não querer querendo.
Esse convívio com a instabilidade...
Correr de boca em boca, corpos e vozes
Interromper o trabalho
Desculpabilizar o ócio,
Adiar o compromisso fétido da vida comum
Rasgar os contratos,
Esquecer o calendário
Transar com o chão,
a parede,
o asfalto,
o samba
Tocar os medos dos outros e depois correr feito pipa
Soltar os nós
Desafazer sonhos estúpidos embutidos como verdades nas cabeças alheias
Tilintar desejos
Romper com a moral
Esmagar a sabedoria intelectual dos pedantes
Voltar sozinha
Andar sozinha
Vibrar sozinha e nua,
Desabotoar o vestido daquela menina que me olhou curiosa
Possibilitar a realização dos caos
Embriagar-me de convívio e depois usar
a roupa do outro
o cheiro
o gosto
o breve pulsar
o passado
e não olhar pra frente
Cotidianizar a L I B E R D A D E
Feito borboletas que somos
Encarar nos olhos a vontade de ser
Teu tom
me traz
de volta
a mim
vem por aqui?
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