terça-feira, 27 de abril de 2010

Eu sou porque não me contento.
Contentar-se-ia, talvez, quando não restasse nada para se fazer. Abolira as exclamativas. Passara a aceitar o seu papel como de livro usado, gasto e até mesmo rasgado. Não por conta do tempo, mas por ser intensamente. Do lápis borrado na orelha dobrada da página sobrara a ação: "observar". Mas sabia que não era por conta somente daquilo que observara, era por conta do que escrevera. Era, principalmente, por aquilo que não quisera. De interrogações sua vida já estava repleta. Passou a ser porque negara.

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