quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
DISTRA(I)ÇÃO
Você me distrai
de mim
dos outros
de nós mesmos
da vida simples
louca
complexa
e normal/cotidiana
dos afazeres
das portas fechadas
das leituras obrigadas
Você me (dis)trai
Contigo
viajo pelas asas dos pássaros
pela pressão da lua
pelo chão
Viajo aberta para ti
não me traio
porque tenho razão
A única aventura para mim
é estar cotidianamente
me distraindo
Por isso volto a ser
contigo
sol
de mim
dos outros
de nós mesmos
da vida simples
louca
complexa
e normal/cotidiana
dos afazeres
das portas fechadas
das leituras obrigadas
Você me (dis)trai
Contigo
viajo pelas asas dos pássaros
pela pressão da lua
pelo chão
Viajo aberta para ti
não me traio
porque tenho razão
A única aventura para mim
é estar cotidianamente
me distraindo
Por isso volto a ser
contigo
sol
domingo, 1 de novembro de 2015
LIBERTÁ
Eu preciso escrever no teu corpo inteiro e nu.
Rasgar tuas roupas só foi o início da decomposição de minhas palavas em tua pele dura.
Quero juntar tua pele e fazer dela papel pardo, depois cortar em pedacinhos, distribuir, "pra todo mundo poder ter um pouco de ti".
O meu desafio é eternizar a escrita, apagada durante tanto tempo na secura dos meus dias planejados.
Agora, novamente sem planos, me vejo envolta a um mundo inteiro.
Estou nadando em nós.
Deve ser isso que me comove, que me empurra pra longe, que me faz ter terra e ao mesmo tempo galáxia.
Essa mania de não querer querendo.
Esse convívio com a instabilidade...
Correr de boca em boca, corpos e vozes
Interromper o trabalho
Desculpabilizar o ócio,
Adiar o compromisso fétido da vida comum
Rasgar os contratos,
Esquecer o calendário
Transar com o chão,
a parede,
o asfalto,
o samba
Tocar os medos dos outros e depois correr feito pipa
Soltar os nós
Desafazer sonhos estúpidos embutidos como verdades nas cabeças alheias
Tilintar desejos
Romper com a moral
Esmagar a sabedoria intelectual dos pedantes
Voltar sozinha
Andar sozinha
Vibrar sozinha e nua,
Desabotoar o vestido daquela menina que me olhou curiosa
Possibilitar a realização dos caos
Embriagar-me de convívio e depois usar
a roupa do outro
o cheiro
o gosto
o breve pulsar
o passado
e não olhar pra frente
Cotidianizar a L I B E R D A D E
Feito borboletas que somos
Encarar nos olhos a vontade de ser
Teu tom
me traz
de volta
a mim
vem por aqui?
Rasgar tuas roupas só foi o início da decomposição de minhas palavas em tua pele dura.
Quero juntar tua pele e fazer dela papel pardo, depois cortar em pedacinhos, distribuir, "pra todo mundo poder ter um pouco de ti".
O meu desafio é eternizar a escrita, apagada durante tanto tempo na secura dos meus dias planejados.
Agora, novamente sem planos, me vejo envolta a um mundo inteiro.
Estou nadando em nós.
Deve ser isso que me comove, que me empurra pra longe, que me faz ter terra e ao mesmo tempo galáxia.
Essa mania de não querer querendo.
Esse convívio com a instabilidade...
Correr de boca em boca, corpos e vozes
Interromper o trabalho
Desculpabilizar o ócio,
Adiar o compromisso fétido da vida comum
Rasgar os contratos,
Esquecer o calendário
Transar com o chão,
a parede,
o asfalto,
o samba
Tocar os medos dos outros e depois correr feito pipa
Soltar os nós
Desafazer sonhos estúpidos embutidos como verdades nas cabeças alheias
Tilintar desejos
Romper com a moral
Esmagar a sabedoria intelectual dos pedantes
Voltar sozinha
Andar sozinha
Vibrar sozinha e nua,
Desabotoar o vestido daquela menina que me olhou curiosa
Possibilitar a realização dos caos
Embriagar-me de convívio e depois usar
a roupa do outro
o cheiro
o gosto
o breve pulsar
o passado
e não olhar pra frente
Cotidianizar a L I B E R D A D E
Feito borboletas que somos
Encarar nos olhos a vontade de ser
Teu tom
me traz
de volta
a mim
vem por aqui?
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
te dedico
quando tu pousou tuas mãos
sob meu rosto
e ficou cerca de sete minutos
acariciando minhas bochechas inchadas do choro anterior
eu vi tudo:
téus pés agarrados no meu calcanhar
as mãos enfiadas entre minhas pernas
os olhos que penetram feito fina cor
o beijo que sobe e desce no meu corpo quente e frio
diante das idas...e vindas
eu vi teus pais
partidas e derrotas
nossos frutos frente a porta da escola
o choro derretido num dia de incerteza
a árvore nascida das mãos em conjunção
as folhas de papel sulfite jogadas do lado da cama
e as canetas gastas
o tempo parou
quando tu fixou teus olhos teimosos em cima dos meus
e se esqueceu de que estamos nos deixando aos poucos
só peço que por hora
continues
a me olhar, a me tocar e me parar
visionária que sou
trouxe essa memória
pra registrar o meu pesar
e o meu querer orgulhoso
por hora
só peço que fique
só quero que saiba:
quando fui
permaneci
quando quis
desiludi
não sei como terminar esse poema
ou quero que ele não termine
preciso te eternizar em mim
ao menos aqui
terça-feira, 7 de julho de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Assinar:
Postagens (Atom)