quando tu pousou tuas mãos
sob meu rosto
e ficou cerca de sete minutos
acariciando minhas bochechas inchadas do choro anterior
eu vi tudo:
téus pés agarrados no meu calcanhar
as mãos enfiadas entre minhas pernas
os olhos que penetram feito fina cor
o beijo que sobe e desce no meu corpo quente e frio
diante das idas...e vindas
eu vi teus pais
partidas e derrotas
nossos frutos frente a porta da escola
o choro derretido num dia de incerteza
a árvore nascida das mãos em conjunção
as folhas de papel sulfite jogadas do lado da cama
e as canetas gastas
o tempo parou
quando tu fixou teus olhos teimosos em cima dos meus
e se esqueceu de que estamos nos deixando aos poucos
só peço que por hora
continues
a me olhar, a me tocar e me parar
visionária que sou
trouxe essa memória
pra registrar o meu pesar
e o meu querer orgulhoso
por hora
só peço que fique
só quero que saiba:
quando fui
permaneci
quando quis
desiludi
não sei como terminar esse poema
ou quero que ele não termine
preciso te eternizar em mim
ao menos aqui
Finalizou bem, com Fagner!!
ResponderExcluirKkkk então então
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