segunda-feira, 3 de maio de 2010

Formam-se palavras no meu cotidiano de pressa. A página em branco dá razão à procura de outras aventuras que não seja a sensação de não conseguir. Meu sonho se perdeu na ponta do lápis e hoje, sou teclas. A medida que as aperto me vejo em labirintos lacunares. "Gostaria de ficar", leio em atitude passiva, enquanto engulo a saliva que dói. "Pois fique", respondo passivamente porque em pensamento. Falta-me coragem, assim daquela maneira que não foge aos loucos. Tenho dito tanto e escrito tão pouco. Levanto bandeiras que nem mesmo sou capaz de suportar sem me ferir e não aperto o botão. Aquele que significa "enviar". Antes, levávamos tanto tempo para construirmos uma carta que não exitávamos na hora de encaminhá-la ao seu destino. Agora, sou a permanência. Sou a volta sem mesmo ter ida. Congelado aquele que me era calor e hoje tem nome saudoso. Meus cumprimentos: quem sabe nos encontremos entre a sua luta e a minha correria. Acredito que a sua luta seja minha também. Mas, como eu ia dizendo: quem sabe, a gente se encontre entre uma correria e outra (luta), porque ficar sem você também é motivo de lacunas em mim.

Um comentário:

  1. Há hiátos em ti que não és capaz de preencher(?)


    Lindo, Mi.

    Posta mais que eu sempre leeeio.


    Até amanhã (:

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