terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quebrei a chave da garagem, aquela do portão aqui de casa.
- que casa?
A de balneário, sim, a de camboriú...
- é a de balneário camboriú.
Isso, só faltou a letra maiúscula.

Do meu joelho escorre sangue e eu nem sei como o carro estacionou.
Ilusão.
Claro que eu estava protegida, eu sempre estou.
Minha mãe ao meu lado, ela tem se preocupado.
Não só ela...

É, também aqueles que se vão.
- Quem se vai?
Os mortos.
- Para ti.
Queria mudar, queria trazê-los pro meu sossego, pro meu sono, aquele que só é tranquilo se com eles. Entende?
- É, quem tem que ficar, fica, não?

Repito essa frase o tempo todo pra ver se aumenta, fica igual, ou diminui a minha dor...essa que toma todos os meus pensamentos.
- Ei, você precisa muito escrever, não sobre mim, muito menos sobre os que se vão. Você precisa escrever suas perspectivas, seus planos, fazer dessa transição pela qual você tem passado, de uma vida imprudente para um vida adulta, algo que se traduza como maturidade. Chegou a hora.
É, eu preciso crescer, e não são os santos, nem os loucos que me dizem para fazê-lo. Sou eu. Quero acreditar intensamente naquilo que tenho feito e esquecer tudo o que me traz dor e decepção.

(fragmentos, assim me considero.)

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