quinta-feira, 15 de março de 2012

nós

tu era a representação do limiar entre a razão e a emoção. de um lado, todos os meus anseios de luta e desejos de conquistas. do outro, a confortável certeza de uma respiração junto da minha. um me daria o confronto das ideias, experiências adquiridas em viagens sem rumo, aventuras tal qual viveram todos aqueles que me inspiram. outro, o chão que eu precisaria ter se quisesse um dia voltar, as vozes das crianças de manhã, o cheiro da erva fresca pela tarde, o som do violão tocado pelas tuas mãos. mas como toda a representação, também tu foste fruto de uma projeção minha. hoje não te vejo mais andando nessa linha, te vejo onde sempre estiveste, habitando teus rumos, procurando saber mais de ti. não há mais linha: desatei os nós.

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