sábado, 16 de outubro de 2010

Bom, vou tentar ser sensível a mim.
Saí de casa com um brilho pequeno nos olhos
e um centímetro de esperança que eu sabia
não iria se realizar...

Pensei no caos que tem sido
sair de casa quando não se pretende ir tão longe
Agradeci por aqueles que me aquecem
pertencerem ao lugar pelo qual eu luto

Gotejo distante, cinzas que poderiam apaziguar
um movimento provocante
uma lua que nunca vai me deixar
Pode ser, muito mais forte do que latejante

Volto para casa, num sonho distante
cerveja na mão, aquela que foge aos instintos dos homens
não é frescura, mas questão de gosto
me faz lembrar de tantos desgostos

O barulho das botas
me faz pensar em como eu estou sozinha
eu e as placas de lombadas
meus sonhos e essas inúmeras linhas

Três da manhã
e as melodias que me entristecem
eu gostaria de esquecer toda essa maluquice
que por mais que eu não queira de tristeza me elegem

Aquela que pra muitos não é de verdade
e eu consigo ouvir essas muitas vozes
que ainda insistem em uma cruel e inquietante realidade
e eu respondo: o que é de fato, verdade?


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